O SIGMUC realizou Assembleia Geral com os guardas municipais de Curitiba para repassar informações sobre os últimos acontecimentos relacionados à pauta da categoria, bem como realizar deliberações sobre as ações de luta a serem executadas nos próximos dias. Entre os pontos deliberados, está a paralisação imediata caso a base da Prefeitura na Câmara insista em desrespeitar os direitos dos servidores e queira votar em regime de urgência.
Durante a Assembleia Geral, que aconteceu na noite da sexta-feira, 16, a diretoria do SIGMUC apresentou aos guardas municipais todos os detalhes da proposta da Prefeitura para mudanças no Plano de Carreira e falou sobre a reunião realizada com representantes do Executivo no último dia 14 de junho.
O projeto da Prefeitura, que já está na Câmara Municipal, propõe novo mecanismo de crescimento dentro das classes, atrelado ao resultado de uma prova de conhecimentos elaborada pelo Centro de Formação da GM. Na ocasião, o SIGMUC alertou que isso não resolveria o problema, pois manteria o percentual de 20% entre as classes, o que significa um crescimento a cada 10 anos, e manteria percentual de 5% para crescimento entre níveis, o que pode representar um período de 40 anos para ascensão na carreira.
Pela proposta do Executivo, o avanço linear que hoje é anual passaria a ser bianual, atrelado a um número de vagas específico que corresponde a apenas 20% do total de servidores ativos. Já o avanço por titulação (avanço por níveis) também seria reduzido para um percentual de 5% dos GMs, o que representa somente 73 vagas.
“Ou seja, teríamos grandes retrocessos e prejuízos para a categoria. Estamos há 7 anos com o Plano de Carreira congelado e a proposta apresentada retira avanços que haviam sido conquistados com muito sacrifício. Os guardas municipais não concordaram com o que foi proposto pela Prefeitura e vão lutar por respeito e valorização”, afirma Rejane Soldani.
De acordo com a presidente do SIGMUC, o Executivo apresentou na Câmara Municipal um pedido de prorrogação do congelamento do Plano de Carreira até o dia 31 de agosto, o que também gerou grande preocupação para uma possível tentativa de manobra política para que o projeto seja votado mais rápido.
O SIGMUC estará em articulação com os vereadores e com o Executivo nos próximos dias, lutando para reverter os retrocessos propostos. Além disso, os guardas municipais deliberaram que, caso a Prefeitura tente alguma manobra para que a Câmara vote em regime de urgência, será deflagrada uma paralisação imediatamente. Outra deliberação foi a realização de um ato público na próxima segunda-feira, dia 26 de junho.