“É um avanço poder comemorar quatro anos em defesa da mulher, vítima de violência doméstica ou não. É diferencial ter uma Patrulha Guardiã Maria da Penha na nossa cidade. Fico feliz em ver uma gestão municipal comprometida com a causa das mulheres”. A avaliação é da procuradora jurídica do município Juliana Reis, que atua no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), Isabela Nascimento Seara.
Acompanhada de outras líderes da luta contra a violência de que a mulher é vítima em Itabuna, a procuradora participou da solenidade comemorativa do 4º aniversário da Patrulha Guardiã Maria da Penha da Guarda Civil Municipal (GCM) no auditório do SICOOB – COOPEC, na Avenida do Cinquentenário, nº 1.100, no centro da cidade. Segundo ela, Itabuna, em nível de Bahia, tem uma rede de enfrentamento e proteção à mulher, coesa e das mais completas e a Patrulha e o CRAM fazem parte disto.
A coordenadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha, inspetora Núbia Cristina de Oliveira, disse que a ação da unidade, mantida pela Prefeitura de Itabuna, é árdua, mas satisfatória. “Não existem impedimentos para a nossa atuação. É muito importante o nosso trabalho na medida do possível, executado com excelência, para proteger a mulher amedrontada, que tem medo da morte e de viver no cárcere. Por isso, a gente está nas ruas 24 por dia, sete dias por semana,” sintetizou.
Atualmente, 148 mulheres vítimas da violência estão sendo assistidas pelas ações rotineiras da Patrulha Guardiã Maria da Penha na cidade. “É importante que a mulher empodere-se e denuncie as agressões. É um quadro que tem de mudar e esperamos contar com o apoio da sociedade à rede de proteção. Os acolhimentos são semanais: há aquelas que encerram o ciclo e outras surgem. É um enfrentamento diário.”, acrescentou.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Itabuna (CONSEDAMI), Célia Evangelista Santana, declarou que para as mulheres houve ganhos com a política pública de segurança. Ela lembrou que há distritos, povoados e bairros distantes da sede e necessitam de apoio às mulheres que pode pedir proteção pelos os telefones dos órgãos do sistema de segurança pública, a exemplo da Guarda Civil Municipal (153), Polícia Militar (190), Polícia Civil (197), além do Ministério Público do Estado da Bahia.