As secretarias municipais de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) e a de Trabalho e Assistência Social (Semtas) passaram a atuar juntas no direcionamento e na capacitação profissional das mulheres vítimas de violência doméstica que são protegidas pela Patrulha Maria da Penha, operada pela Guarda Municipal de Natal (GMN).
O trabalho conjunto passa a possibilitar às mulheres cursos de qualificação profissional com o objetivo de inserir essas pessoas no mercado de trabalho, concedendo a oportunidade da independência financeira e a construção de uma nova vida, já que um dos pontos da passividade da vítima em não denunciar a violência se encontra inserido na dependência financeira que ela tem do agressor.
Entre os cursos ofertados, as escolhas foram pelos cursos de Libras, Camareira, Inglês, Espanhol e Repositor a de Mercadorias. Os cursos terão duração de 60 horas. Essa parceria que se iniciou recente se estenderá para outros serviços e benefícios ofertados pela Semtas.
“Essa é uma iniciativa que vem reforçar ainda mais a rede de apoio às mulheres vítimas de violência em Natal. O secretário Adjuto Dias foi sensível a causa e de imediato integramos a Semdes e a Semtas nessa parceria que tem como meta maior proporcionar qualificação com vistas a emprego e renda para mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar”, comentou a secretária da Semdes, Sheila Freitas.
As primeiras mulheres que aceitaram participar do projeto de capacitação profissional tiveram suas inscrições efetivadas na manhã desta sexta-feira (27). O sistema de inclusão segue um processo onde a Coordenação da Patrulha Maria da Penha identifica as mulheres que desejam dispor de uma capacitação voltada a geração de emprego e renda, e encaminha essas pessoas ao setor responsável da Semtas, que vai acolher e inscrever no curso desejado.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Michely Oliveira, esteve com a equipe da Semtas e todo o processo de acolhimento, inclusão e capacitação foi discutido para iniciar a formação profissional das primeiras mulheres protegidas pela Patrulha de Natal.”São mulheres que não tem emprego e necessitam trabalhar, porém não possuem qualificação para se inserirem no mercado de trabalho. Agora trazemos a oportunidade da mulher ser capacitada para trabalhar e ter uma vida com dignidade”, concluiu a coordenadora.