Agentes da Guarda Municipal de Curitiba protestam, na tarde desta quinta-feira (8), contra uma ação protocolada na Justiça para suspender a vacinação contra a Covid-19 das forças de segurança. O pedido foi feito em conjunto pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que entendem ser necessário concluir a vacinação dos idosos antes de avançar para os demais grupos.
Na ação, os MPs explicam que o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 fixou critérios para definição dos grupos prioritários para vacinação. “Estes critérios consideram a necessidade de preservação do funcionamento dos serviços de saúde; a proteção dos indivíduos com maior risco de desenvolver formas graves da doença; a proteção dos demais indivíduos vulneráveis aos maiores impactos da pandemia; e a preservação do funcionamento dos serviços essenciais”, diz a ação.
Segundo a presidente do Sindicato da Guarda Municipal (Sigmuc), Rejane Soldani, porém, é um “absurdo” pensar nessa ação. “Nós estamos cumprindo medidas preventivas, agindo na linha de frente contra a Covid-19. Só aqui em Curitiba, mais de 500 guardas municipais já se infectaram contra a doença e seis vieram a óbito, quatro deles contaminados no ambiente de trabalho. Atualmente, temos notícias de pelo menos quatro guardas internados, em estado grave. É inconcebível que os MPs venham nesse momento, em que estamos extremamente vulneráveis, tentar impedir a vacinação dos operadores da segurança pública”, disse.
Até esta quinta-feira (8), 870 trabalhadores das forças de segurança já haviam sido vacinados contra a Covid-19 em Curitiba. O Sigmuc já apresentou contestação e tenta impedir a suspensão da vacinação.