Um motorista de aplicativo de 21 anos foi espancado e colocado no porta-malas do próprio carro por dois assaltantes, na noite desta quarta-feira (15), em Cariacica, na Grande Vitória. Depois do crime, os suspeitos fugiram levando dinheiro. A Guarda Municipal de Vila Velha libertou o motorista.
A vítima, que não quis se identificar, contou que estava na rodovia Leste-Oeste, já próximo ao bairro Campo Grande, quando percebeu que estava sendo seguido por dois homens em uma moto.
Ele relatou que, ao imaginar que seria assaltado, mandou áudios em grupos de conversa com amigos contando o que estava acontecendo.
O motorista também tentou provocar um acidente e derrubar os criminosos, mas acabou rendido.
“Eles colocaram uma camisa preta na minha cabeça, me chutaram e me colocaram no porta-malas. Eu achei que eu ia morrer, porque os dois estavam armados”, contou.
Por causa dos áudios enviados por ele, um amigo conseguiu abordar um carro da Guarda Municipal de Vila Velha e informar sobre o crime.
“A Guarda Municipal estava realizando um patrulhamento preventivo comunitário nas imediações de Novo México quando um contribuinte sinalizou a viatura e passou essa informação de que o amigo dele estaria sofrendo um assalto. A viatura se dirigiu até o local e conseguiu encontrar o veículo”, informou inspetor Iuri, comandante da Guarda Municipal.
Com as ameaças de morte, o motorista chegou a pensar que os criminosos tinham voltado.
“Eu fiquei cerca de 15 minutos dentro do porta-malas até que a Guarda Municipal chegou. Por um instante, eu achei que eles [criminosos] tivessem voltado e fiquei mais desesperado ainda, mas a Guarda se identificou. Conseguiram achar a chave do veículo e me tirar do porta-malas”, relatou.
Quando a equipe encontrou o veículo, os dois criminosos já tinham fugido com o dinheiro do motorista, deixando para trás o celular, o carro e também o homem no porta-malas.
O comandante enfatizou que não se deve reagir a um assalto e, em casos que perceber que está sendo seguido, o correto é procurar um local movimentado e chamar a Polícia Militar ou a Guarda Municipal. “Foi um ato de desespero, mas a nossa recomendação é para que não reaja”, disse Iuri.
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