Eles já ajudaram muitas crianças a nascer e a voltar a respirar. Tranquilizaram cidadãos em momentos de nervosismo em fortes temporais. Atenderam a acidentes de trânsito. Encontraram ovos de uma espécie de cágado em extinção e resgataram animais. Acompanham atividades das crianças nos faróis do saber e no apoio a servidores das mais diversas áreas da Prefeitura. Nos momentos de folga, desenvolvem de forma voluntária conceitos de cidadania e respeito com estudantes das escolas municipais.
Os homens e as mulheres que compõem o rosto fardado do município se tornaram essenciais no dia a dia do curitibano, garantindo segurança em ruas, parques, praças, terminais de ônibus e eixos estratégicos, atuando na repressão às diversas modalidades criminosas 24 horas por dia, em todos os dias do ano. Neste mês de julho eles estão de parabéns: a Guarda Municipal completa 35 anos de existência e quer homenagear os 1.552 servidores que fazem parte da corporação.
Ações sociais e valorização do servidor são os dois principais aspectos a serem evidenciados neste mês de 35 anos da GM. O início oficial das comemorações – adaptadas para este momento de enfrentamento à covid-19 – será marcado nesta terça-feira (6/7) pela entrega de quatro aparelhos celular para os núcleos do Bairro Novo, Cajuru, Santa Felicidade e Tatuquara, na sede da corporação.
O ano era 1986. O mundo ainda tentava entender o que tinha acontecido em Chernobil, naquele que se tornaria um dos acidentes nucleares mais trágicos da história. No Brasil, o Plano Cruzado do presidente José Sarney estipulava o congelamento de preços e salários. No fim de junho, a seleção argentina tinha acabado de vencer sua segunda Copa do Mundo no México. E, nas semanas seguintes, a capital paranaense criava um grupo específico com o objetivo inicial de reprimir depredações: era o Serviço Municipal de Vigilância (Vigiserv), o primeiro nome da Guarda Municipal de Curitiba.
Aquela primeira lei municipal previa que os servidores trabalhariam em parques, jardins, escolas, teatros, museus, bibliotecas, cemitérios, mercados, feiras livres, ciclovias e terminais de ônibus. Além de proteger o patrimônio, a orientação de público e de trânsito, bem como apoio em ações de Defesa Civil, já eram evidenciadas, assim como a atuação em sintonia com os organismos policiais do Estado, dentro de suas atribuições específicas.
Dois anos depois era formada a primeira turma com 110 guardas municipais, dando início efetivo aos trabalhos.
No ano de 1993 foi instalada a Secretaria da Segurança Municipal, de natureza extraordinária, com o propósito de estabelecer diretrizes, estudos e projetos, objetivando a estruturação do setor responsável pela proteção dos bens e instalações municipais.
Uma década depois, a estrutura administrativa era então transformada em Secretaria Municipal da Defesa Social, tendo sido unida à área do trânsito em 2019, quando então passou a ser chamada de Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito.