Qual a diferença entre posse e porte? 6 respostas sobre o decreto de armas
24 de janeiro de 2019Em municípios mais violentos, onde efeito é mais forte, taxa por 100 mil habitantes caiu até 63%.
Cidades que armaram suas guardas municipais após a permissão do Estatuto do Desarmamento, em 2003, apresentaram queda acentuada na taxa de homicídios e agressões, na comparação com municípios similares que não usam armas.
Na média, o efeito de colocar armas nas mãos dos guardas municipais (controladas outras características das cidades) foi de reduzir a taxa de homicídios em 67 por 100 mil habitantes, no Brasil.
Em São Paulo, o efeito médio de armar as guardas municipais foi de queda de 31 homicídios por 100 mil habitantes.
O efeito é tanto maior quanto mais altas eram as taxas antes da mudança na lei. Em dez anos, com a adoção das armas, houve queda de 44% na taxa de homicídios por 100 mil habitantes, no grupo de 25% das cidades brasileiras com mais violência. A média, de 71,68 em 2002, passou a 40,15 em 2012.
O efeito foi ainda maior no estado de São Paulo: queda de 63%, de 60,73 homicídios por 100 mil habitantes em 2002 para 22,54 em 2012 —também considerando o 1/4 de cidades mais violentas.
A correlação entre a adoção de armas e a redução nos crimes foi calculada pelos professores da FGV Paulo Arvate e André Portela, em estudo apresentado no Encontro Brasileiro de Econometria, no Rio, em dezembro.
A mudança na lei permitiu comparar o antes e o depois em cidades semelhantes, mas que tomaram decisões diferentes em relação às armas.
Fonte: folha.uol.com.br