Bolsonaro quebra paradigmas, mas capital político desintegra em pouco tempo
A eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, com 57,7 milhões de votos (55,13% dos votos válidos), representou uma quebra de paradigma não apenas pelo formato da disputa eleitoral do Brasil _ com o protagonismo das redes sociais _, como também pela ruptura da polarização entre PT e PSDB. Os dois partidos tinham sido protagonistas das disputas presidenciais no Brasil desde 1994 e se alternaram no poder até então. A novidade eleitoral representada por Bolsonaro, porém, não foi suficiente para sustentar o seu significativo capital político, que apresentou rápida deterioração em pouco mais de três meses de governo.
De janeiro a março, a avaliação positiva (bom/ótimo) de Bolsonaro caiu 15 pontos percentuais (de 49% para 34%), segundo a pesquisa Ibope, publicada em 20 de março. A queda expressiva do apoio popular ao governo Bolsonaro foi comprovada pela pesquisa Datafolha, publicada em 7 de abril, confirmando que o ex-parlamentar tem a pior avaliação de primeiro mandato desde Fernando Collor: 32% consideram sua gestão ótima ou boa, 33% acham regular e 30% têm avaliação ruim ou péssima do atual governo. Mesmo com o evidente desgaste, 59% dos brasileiros ouvidos pelo Datafolha confiam que Bolsonaro terá um desempenho melhor (ótimo ou bom) daqui em diante.
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