Tendo em vista que a Prefeitura de Maceió apresentou uma proposta indecorosa de 0% de reajuste salarial para os servidores, foi definido na Assembleia Geral realizada nesta quarta-feira (6) pelo Movimento Sindical Unificado que haverá uma paralisação no dia 13 de abril, às 9h, em frente à Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE).
O Sindicato dos Guardas Civis Municipais do Estado de Alagoas (Sindguarda-AL) convoca toda a categoria para participar do ato. Neste momento, é necessário esforço individual de cada um, logo que o resultado da luta – sendo positiva ou negativa – impactará diretamente os recursos financeiros de todos. Porém, para ter o bônus ou o ônus, é preciso unir forças e comparecer aos atos.
Vale ressaltar que o Brasil vive um momento de crise financeira grave – com o aumento dos preços dos alimentos, dos combustíveis e demais serviços tendo reajustes diariamente; ir ao supermercado é certeza de sair com dissabor pelo absurdo do investimento que foi desembolsado. Para tentar aplacar minimente essa realidade financeira dos servidores, o Movimento Unificado pede 16% de reajuste.
A gestão informa que não pode conceder mais do que 0% de aumento salarial, no entanto os servidores veem o Governo do Estado dar um reajuste significativo aos efetivos. Enquanto isso, os contracheques de quem é servidor do município de Maceió não vê nenhum acréscimo. A prefeitura deu um reajuste de 3% em 2021 e pagou dois biênios, mas ressalte-se que o percentual não contempla a inflação e os biênios estavam atrasados.
O presidente do Sindguarda, Carlos Pisca, defende que as discussões com a administração devem ter continuidade para chegar a um entendimento e garantir melhores condições salariais aos servidores. “Não podemos mais aceitar 0% de reposição salarial. Se a gente fizer uma avaliação, a tabela do PCC, a de 30 horas, a letra B3 está abaixo do salário mínimo. Isso é uma perda significativa para os servidores públicos municipais”.
Ele destaca que é preciso abrir, sim, uma discussão com a gestão, avaliar todas as possibilidades para analisar, realmente, se a prefeitura está com os recursos comprometidos. A Prefeitura de Maceió precisa olhar para o servidor, logo que a receita aumentou significativamente.
O Sindguarda observa um anseio da categoria por um aumento salarial digno, que dê para ele sobreviver. “Os preços estão nas alturas e a única coisa que a maioria que os servidores tem de renda é o seu salário, que é pago pela prefeitura. Então, se tem um aumento de IPTU, TLF, ISS fixo, Taxa de Vigilância Sanitária, se fez uma arrecadação maior, nada mais justo que repassar para o servidor. Daqui a pouco todo servidor público de Maceió vai estar ganhando um salário mínimo”, explica Carlos Pisca.