Em 2022, mais de 9 mil mulheres estão sob medidas protetivas em Curitiba. Elas recebem acompanhamento da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal de Curitiba, que comemora oito anos nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher.
Neste tempo, os guardas realizaram 42.251 atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar, e prenderam mais de cinco mil autores de agressões contra mulheres. A Patrulha Maria da Penha trabalha na prevenção, proteção, monitoramento e acompanhamento de mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar que necessitam de medidas protetivas de urgência.
A equipe integra as ações da Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência, uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba e o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Além do atendimento policial, os guardas são capacitados para prestar um apoio humanizado e assistencial para as mulheres vítimas de violência doméstica durante os serviços de monitoramento.
A procura por ajuda é a principal orientação da Patrulha Maria da Penha às vítimas de agressão em Curitiba. Em caso de emergência, a vítima ou pessoas próximas devem ligar para o telefone 153. “Nos monitoramentos rotineiros da patrulha, a mulher tem recebido orientações quanto aos cuidados necessários para que a medida protetiva seja eficaz, sem manter contato com agressor por qualquer meio de comunicação ou aproximação”, afirma a guarda municipal Gislaine Seneiko Szumski, integrante da equipe gestora da Patrulha Maria da Penha.
A violência doméstica e familiar é aquela que mata, agride ou lesa física, psicológica, sexual, moral ou financeiramente a mulher. A violência doméstica tem evolução gradativa e é sorrateira. A mulher vive o ciclo de violência muita vezes sem perceber, tomando consciência apenas quando ocorrem as agressões físicas, que geralmente evoluíram da violência psicológica, situação menosprezada pela maioria.
A violência doméstica pode ser cometida por qualquer pessoa, inclusive mulher, que tenha uma relação familiar ou afetiva com a vítima, como pai, mãe, tia, filho. Nem sempre o agressor é o marido ou companheiro.
Além de ligar para o telefone 153 em caso de emergência, a orientação é que a mulher mantenha contato com familiares informando tudo o que acontece dentro de casa. A rede familiar e de amigos pode ser essencial em momentos de necessidade. “Se a mulher tiver medida protetiva, não deve ter vergonha de deixar vizinhos ou colegas de trabalho cientes da situação, porque eles também podem acionar o apoio quando necessário”, afirma Gislaine.
Também é oferecido apoio jurídico pela Defensoria Pública e monitoramento, com visitas e acompanhamento periódico.