A FENAGUARDAS tomou conhecimento e repudia as declarações do Secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo. Em entrevista à Jovem Pan News, ele foi questionado por Raquel Galinati, secretária de Segurança Pública de Santos, sobre quais os projetos da Senasp para fortalecer as Guardas Municipais. O secretário, lamentavelmente, declarou que as Guardas Municipais “não devem ser polícia, pois pra ser polícia precisa de todo um preparo”.
Infelizmente, esse pensamento do secretário Nacional de Segurança Pública é extremamente errôneo e contaminado por uma política de segurança pública ultrapassada. Falar que as Guardas Municipais não têm preparo é, no mínimo, um equívoco por falta de conhecimento ou então se trata de incapacidade técnica do referido gestor para ocupar a pasta em questão.
Atualmente, as Guardas Municipais do Brasil têm a exigência de realizarem 80 horas anuais de treinamento, com reconhecimento e validação da Polícia Federal. Ou seja, a categoria realiza preparo técnico específico para o serviço policial.
Além disso, os dados estatísticos de atuação das Guardas Municipais confirmam a verdadeira realidade da Segurança Pública da maioria dos municípios, nos quais são os profissionais GMs que estão na linha de frente combatendo os mais variados tipos de crimes, como tráfico de drogas e roubos.
Não é por acaso, aliás, que as Guardas Municipais integram o Sistema Único de Segurança Pública, com reconhecimento Governo Federal neste sentido. O próprio presidente Lula já declarou que “é preciso encontrar um jeito de dar um papel mais importante para as Polícias Municipais que muitas Prefeituras podem criar”.
Então, é de estranhar que o atual secretário Nacional de Segurança Pública tenha um pensamento contrário à Polícia Municipal, diferente do que acontecia na gestão anterior do Ministério da Justiça. Felizmente, como o próprio Sarrubbo falou, a passagem dele nesse posto é rápida e, esperamos que, em breve, a Senasp possa ser conduzida por algum gestor com mentalidade mais moderna.