Na gestão do prefeito Rafael Greca e do vice Eduardo Pimentel, a política de recursos humanos tem privilegiado os servidores com os maiores salários. O SIGMUC denuncia, novamente, que a lei sobre compra de licenças-prêmio vencidas se transformou em mais uma ferramenta de injustiça com as categorias que estão na base da hierarquia funcional.
Os critérios estabelecidos pela atual gestão beneficiam, predominantemente, os servidores que ocupam posições de destaque. Enquanto os servidores de base, como os guardas municipais, com salários menores e responsabilidades significativas, são deixados de lado.
Na Guarda Municipal, por exemplo, apenas 49 servidores conseguiram ser contemplados na listagem provisória de compra das licenças neste ano.
Surpreendentemente, os números revelam uma discrepância alarmante: a área com as menores remunerações da GMC tem hoje 1318 GMs, dos quais apenas 24 foram contemplados, representando mísero 1,82% do total de profissionais nessa categoria.
Já na área de Supervisão, são 62 GMs e apenas 15 servidores foram contemplados, equivalente a 24,19% do total. A área de Inspetoria, por sua vez, desponta como a mais beneficiada, com 10 profissionais contemplados em um grupo total de 18, representando 55,55%.
Esses números não apenas revelam uma injustiça gritante, mas também apontam para uma política de recursos humanos que reforça as disparidades salariais e hierárquicas dentro do serviço público de Curitiba. Os servidores que mais necessitam de reconhecimento e valorização, devido às suas responsabilidades e remunerações modestas, são os menos contemplados.
Isso tem que mudar! A atual gestão precisa urgentemente rever suas práticas de recursos humanos e garantir que políticas como a compra de licenças-prêmio sejam conduzidas de maneira justa e equitativa, levando em consideração não apenas os interesses da elite burocrática, mas também o bem-estar e a valorização de todos os servidores municipais.