Segundo informações obtidas pelo sindicato, com base na lei de acesso a informação junto a Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, 67 Guardas Municipais já foram afastados do serviço, desde 15/03/2020, devido a doenças do aparelho respiratório. Destes, 11 encontram-se afastados neste momento.
No documento o Departamento de Saúde Ocupacional, alega que “os CIDS para Covid-19 foram autorizados pelo Ministério da Saúde para serem utilizados pelos médicos assistentes, sem a confirmação de exame laboratorial. Como não há retorno desta informação, a Perícia Médica não tem condições de informar casos confirmados ou suspeitos de COVID-19, bem como os casos de síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), cabendo estas informações à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, pois são casos de notificação compulsória e os testes confirmatórios são realizados nos casos sintomáticos, a critério da SMS”.
Como não há uma testagem ampla para o COVID-19 em Curitiba, a grande maioria dos Guardas Municipais, provavelmente, nem saberá se contraiu a doença, o que vem gerando grande apreensão na categoria.
Reclamações diárias são recebidas no sindicato, dando conta que estão sendo distribuídos poucos equipamentos de proteção, principalmente máscaras de proteção individual.
Todas as reclamações estão sendo encaminhadas diretamente para a SMDT, SMAP, PGM e para o Ministério Público do Trabalho, onde existe inquérito em curso para acompanhar o tratamento dispensado pelo Município de Curitiba, aos servidores municipais durante a Pandemia de Coronavírus.
Mortes de GCMS já foram registradas em outras cidades
Na cidade de São Paulo, no início do mês de abril, 86 casos suspeitos de infecção pelo novo Coronavírus já haviam sido informados pela corporação. Nos últimos dias, infelizmente, 2 (dois) GCMs faleceram em decorrência da doença.
As Guardas Municipais da cidade de Cotia (SP), Fortaleza (CE) e Niterói (RJ), registraram 1(um) óbito respectivamente.
SIGMUC segue cobrando distribuição de EPI’s
O sindicato preocupado com a saúde dos guardas municipais, desde o início dos casos de Coronavírus em Curitiba, vem distribuindo álcool gel, álcool 70, luvas e máscaras para os guardas.
O sindicato já distribuiu mais de 267 frascos individuais de álcool gel, 60 litros de álcool 70%, 500 pares de luvas, 10 litros de sabonete líquido e 500 máscaras de tecido.
Além da medida paliativa, a cobrança para que o Município forneça os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) na quantidade necessária tem sido intensa, pois não podemos esquecer, que a obrigação de fornecimento deste tipo de material é da Administração Municipal.